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UMA CONSTITUIÇÃO E UMA FAZENDA CHAMADA DE MANDIOCA

  • agroecoturnoticias
  • 3 de dez. de 2021
  • 3 min de leitura

Atualizado: 15 de dez. de 2021


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A mandioca é um alimento nativo da América do Sul, onde é cultivado desde a antiguidade. Em algumas regiões do Brasil também pode ser conhecida como macaxeira ou aipim.


De acordo com a Embrapa, é um dos principais alimentos energéticos para mais de 700 milhões de pessoas, principalmente nos países em desenvolvimento, e ajuda a combater a fome.


A CONSTITUIÇÃO DA MANDIOCA


Denomina-se popularmente como Constituição da mandioca o primeiro projeto de Constituição do Brasil, cuja votação, em 1823, veio a ser interrompida pelo Imperador D. Pedro (1822-1831) em novembro daquele ano, ao determinar o fechamento da Assembleia Nacional Constituinte.


Ocorrida a Proclamação da Independência do Brasil em 7 de setembro de 1822, os representantes das Províncias reuniram-se a partir de 03 de maio de 1823, para elaborar a primeira Constituição da nação independente.


Leva esse nome popular devido aos critérios que foram estabelecidos pelos eleitos na elaboração da Constituição.


A briga entre os partidos português e brasileiro era intensa. O partido português era composto dos grandes comerciantes da Corte e apoiavam o absolutismo de D. Pedro. Já o partido brasileiro era contra o absolutismo do príncipe regente e socialmente eram os médios e pequenos comerciantes e os grandes fazendeiros.


O nome com que veio a ser conhecida deveu-se ao modo com que instituiu o voto indireto censitário, em que os eleitores do primeiro grau (paróquia), tinham que provar uma renda mínima de 150 alqueires de plantação de mandioca.


Eles elegeriam os eleitores do segundo grau (província), que necessitavam de uma renda mínima de 250 alqueires. Estes últimos, elegeriam Deputados e Senadores, que precisavam de uma renda de 500 e 1000 alqueires respectivamente, para se candidatarem.


Alguns historiadores consideram que a mandioca não representava apenas a quantidade de terra do eleitor, mas também a quantidade de escravos que o mesmo possuía, visto que a mandioca e a farinha de mandioca eram os alimentos básicos dos escravos e trabalhadores rurais da época.


A crise que culminou com a dissolução da assembleia constituinte sepultou o anteprojeto que tirava o poder do Príncipe D. Pedro e assim foi outorgada em 1824, a primeira Constituição Brasileira.


A FAZENDA DA MANDIOCA EM INHOMIRIM - MAGÉ.


Uma fazenda muito importante de propriedade de Grigory Ivanovitch Langsdorff, o Barão de Langsdorff, consul geral da Rússia no Brasil, e foi adquirida em 1816.


O Barão tinha intenção de transformá-la numa Fazenda Modelo. Refratário à escravidão, substituía o trabalho escravo por trabalho assalariado, buscando imigrantes em sua terra natal, a Alemanha.


Adepto da policultura - em detrimento da monocultura canavieira - canalizou rios, modernizou engenhos de farinha e milho e construiu fábricas e olarias.


Na Fazenda da Mandioca mantinha uma valiosa biblioteca de História Natural, um museu de nossas fauna e flora e um bem cuidado Jardim Botânico.


O sonho de Langsdorff começou a ruir quando os trabalhadores alemães, sem conseguir-se adaptar-se à nova terra, se revoltaram contra ele.


Em 1825, a Fazenda foi desapropriada e passou ao domínio da Imperial Fábrica de Pólvora (Fábrica de Pólvora da Estrela), começando aí a história de seu abandono.


Depois dessa Constituição que dava direitos a quem Plantava a Mandioca, mostro duas Fazendas em Surui. Uma pertenceu ao Visconde de Magé e a outra ao Barão de Surui, ambos tios do Duque de Caxias.


Também outra Fazenda chamada CONTENTES que do Porto de Surui, partia os seus produtos para a Corte no Rio de Janeiro e do Porto Velho da Piedade para o Exterior.


Ainda tinha o estudo r em fase experimental no Brasil, a obtenção de etanol a partir da mandioca é uma realidade cada vez mais próxima.


O alto valor energético dessa raiz originária da Amazônia será, em breve, aproveitado também para a produção de biocombustíveis. Surui estava mais uma vez com a possibilidade de ter uma USINA.


Colaboração de GIVALDO GUERRA

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