A Copa do Mundo contra a fome: iniciativa do Centro Cultural visa trabalhar a segurança alimentar

A produção e a distribuição de alimentos de forma justa, igualitária, sustentável e saudável para toda a população são o maior desafio da humanidade. Pensando nisso, a equipe do Centro Cultural, Educacional e Esportivo Waldemar Mello (CCEEWAME), em Santo Aleixo, decidiu transformar um campo de futebol de mil metros quadrados numa horta, onde pretendemos pesquisar a quantidade, a produtividade e a qualidade do alimento produzido nesse espaço. O tempo e os custos necessários também serão medidos, levando-se em consideração as condições locais como clima, solo e recursos hídricos. A ideia é que a iniciativa possa se tornar uma referência a ser multiplicada em outros locais. Torna-se, portanto, uma competição à procura da melhor produtividade e qualidade de alimentos possíveis em cada área do planeta. “Os custos do futebol no Brasil e no mundo são altíssimos, a Copa do Mundo envolve altos investimentos e lucros, mas não podemos aceitar tudo isso com gente passando fome no mundo, ainda mais onde temos água, sol e solo de qualidade e gente precisando comer”, argumentou o professor Aloísio Sturm, agrônomo e responsável pela coordenação do projeto. Todos os elementos e resultados serão devidamente anotados e monitorados durante um ano e depois avaliados e divulgados. A iniciativa está toda dentro dos princípios da agroecologia, tendo como resultado a produção de alimentos orgânicos e saudáveis.

Nesse nosso campo foram plantados hortaliças como alface (quatro tipos), coentro, salsa, cebolinha, alho-poró, mostarda, almeirão, espinafre e taioba e tubérculos e raízes como beterraba, inhame, batata-doce, mandioca. Nos gols, de um lado maracujá e do outro chuchu. A iniciativa conta com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro (Emater-Rio) local e da Associação de Meliponicultores do Rio de Janeiro (AME – RIO) que vai espalhar caixas com abelhas nativas no entorno da horta para incrementar a polinização. Tudo depende é claro do produtor rural, que podemos considerar uma das profissões mais importantes do mundo. No nosso caso contamos com Sebastião Martins da Rocha (Tião) que vem realizando toda a mão-de-obra da horta experimental. Temos também presente as pesquisas da empresa Senhor Cogumelo, que se encontram em andamento no CCEEWAME. “Estamos testando o uso do substrato da produção de cogumelos como insumo para a produção de alimentos na horta experimental e em outros locais”, explicou a responsável Sandy Sampaio Videira.

Venham conhecer nossa horta da "Copa do Mundo contra a fome" e conversar com nossa equipe para apoiar o projeto e replicar nossa iniciativa em outros locais.

O Centro Cultural possui uma extensa horta de produtos orgânicos e que os mesmos já podem ser adquiridos a preços acessíveis a ser aplicados na manutenção e renovação da própria horta.

Reportagem: Francisco Pontes de Miranda Ferreira e imagens de Aloísio Sturm e Luis Carlos Gomes Carneiro. Apoio: Sueli Carneiro.