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Sistema Agroflorestal com eucalipto para áreas degradadas de Guapimirim

  • agroecoturnoticias
  • 6 de ago. de 2021
  • 2 min de leitura



Francisco Pontes de Miranda Ferreira

Guapimirim pode desenvolver projeto de restauração de encostas degradadas com Sistema Agroflorestal (SAF) e utilização do eucalipto. A região de Guapimirim e Magé, assim como grande parte da bacia da baía de Guanabara foi altamente degradada devido aos diversos ciclos produtivos que se iniciaram com a chegada dos europeus no século XVI, como a extração de madeira, a cana de açúcar, o café e a criação extensiva de gado. Fato que provocou um intenso processo erosivo e assoreamento dos canais fluviais. Sistemas Agroflorestais são altamente produtivos e eficientes para a recuperação dessas áreas, principalmente nas encostas onde voçorocas se formam. O eucalipto é uma espécie de crescimento rápido que pode ser associada e criar emprego e renda. “Trata-se de um projeto muito adequado para a restauração das áreas degradadas de Guapimirim, onde existem duas fábricas de reciclagem de papelão que utilizam como fonte de energia o eucalipto. Este eucalipto é transportado de São Paulo ou do Espírito Santo e poderia ser produzido bem próximo”, defendeu o agrônomo e professor Aloísio Sturm. Ele ainda lembrou das diversas cerâmicas da região que também utilizam madeira em seus fornos. De acordo com Aloísio, o eucalipto ganhou má fama devido à concorrência com o pinho utilizado na Europa para a fabricação de celulose para papel, principalmente para tabacarias. “Fizeram de tudo para desclassificar o eucalipto e criaram a lenda de que seca o solo. Tudo isso porque o pinho produzido na Europa, que tem crescimento muito mais lento, era a principal fonte para a celulose utilizada nos cigarros”. O eucalipto é de origem australiana e tropical e foi introduzido no Brasil para uso comercial pelo engenheiro agrônomo, Edmundo Navarro de Andrade no interior de São Paulo. Já existiam árvores de eucalipto no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, trazidos para exposição. Aloísio está agora, em parceria com a secretaria de agricultura de Guapimirim, procurando desenvolver o eucalipto consorciado com agricultura de floresta, visando sua facilidade de comercialização regional, atendendo principalmente a demanda das fábricas de papel.

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