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Centro Cultural de Santo Aleixo sedia oficina do SISS-GEO: todos podem ser colaboradores do Sistema

  • agroecoturnoticias
  • 7 de jul. de 2022
  • 3 min de leitura

Atualizado: 9 de jul. de 2022


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O Sistema de Informação da Saúde Silvestre (SISS-GEO) é um aplicativo gratuito que registra em tempo real fotos e informações de animais com a localização via satélite. Qualquer pessoa pode colaborar com o Sistema para a identificação de animais sadios, mortos e doentes. A tecnologia permite ativar com rapidez o alerta contra doenças que podem atingir animais e pessoas. Serve para a prevenção e controle de doenças graves como a febre amarela e para a identificação de surtos de outras contaminações. Através do site www.biodiversidade.ciss.fiocruz.br você pode tornar-se um colaborador importante. O Sistema é desenvolvido pela Fundação Instituto Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) e já conta com colaboradores de todo o país, sendo Magé e o Parque Nacional da Serra dos Órgãos destaques nas ações. Vários representantes de instituições governamentais e não governamentais participaram de oficina no Centro Cultural de Santo Aleixo, realizada no dia 6 de julho de 2022.



A Coordenadora do Projeto e da Plataforma Institucional de Biodiversidade da Saúde Silvestre (PIBSS), Marcia Chame, pesquisadora (PhD) da FIOCRUZ, apresentou o Sistema e, junto com uma equipe de bolsistas, realizaram uma simulação no espaço do Centro Cultural. A Plataforma conta com tecnologia desenvolvida pelo Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC). “A pandemia do COVID-19 provou a necessidade de conhecermos melhor os vírus e sua capacidade de transmissão”, ressaltou Marcia. A pesquisadora chamou a atenção que existe a transmissão de animais para humanos e a reversa. Muitas das contaminações possuem enorme capacidade de mortalidade e podem acontecer de forma acelerada. O Sistema foi capaz de detectar o caminho da febre amarela alguns anos atrás e serviu para o planejamento e a priorização da vacinação, evitando muitos novos surtos. “Estamos desenvolvendo um processo científico que considera os efeitos das mudanças climáticas que tornam ambientes mais sensíveis aos riscos de doenças”, explicou Marcia. Ela também destacou o perigo das queimadas que aproximam os animais selvagens das áreas rurais e urbanas. Alguns animais vítimas do fogo são mosquitos, morcegos e onças. “Trata-se de um trabalho de prevenção que procura identificar a circulação de vírus, bactérias e protozoários e a população pode ajudar muito”, concluiu Marcia. O Sistema avalia a qualidade ambiental e, além de auxiliar na prevenção e no combate de doenças, pode ajudar no manejo e na proteção de áreas de floresta e de unidades de conservação. Os dados recebidos são imediatamente sistematizados e modelos de prevenção e combate são logo estabelecidos.



No caso da febre amarela, por exemplo, os macacos morrem primeiro já que os mosquitos preferem o sangue desses animais. Quando alguém identifica um macaco doente ou morto pode ser sinal da presença de um local suscetível à doença. Muitos detalhes importantes, presentes na natureza, podem salvar muitas vidas. A FIOCRUZ privilegia muito as áreas de borda, próximas de áreas florestadas. O Sistema é bem intuitivo e não “pesa” no celular ou computador. A partir da entrada de uma informação a equipe verifica a importância do dado, realiza uma pesquisa, faz a divulgação e parte para o laboratório e para as ações. A saúde depende muito de informações rápidas e de um georreferenciamento preciso. Um dos maiores desafios, portanto, é o monitoramento contínuo da vida silvestre.


Os participantes das oficinas, como a que aconteceu no Centro Cultural, podem, além de se tornarem colaboradores diretos, agir como multiplicadores. “Um comportamento importante é nunca encostar em um animal doente ou morto”, alertou Marcia. O bolsista e pesquisador, Pedro Zeno, coordenou a simulação em campo nas suas três etapas: a identificação de animais vivos, animais mortos e de vestígios como carcaças, ossadas, fezes e pegadas. Tudo isso é importante ser identificado e o colaborador deve colocar algum objeto comum (como uma caneta ou um isqueiro) para servir como escala e também registrar características do ambiente do entorno imediato. Todos que vivem próximo de áreas silvestres ou praticam atividades de lazer ou esportivas na mata são importantes colaboradores. A região de Magé é muito importante por possuir áreas florestadas, pantanais, mar, rios e atividades rurais e urbanas inseridas numa Região Metropolitana. É recomendável incluir um animal de cada vez, mas também registrar o conjunto, caso estejam em bando. O Centro Cultural irá ceder uma sala para as atividades do SISS-GEO, assim tornando-se importante ponto de apoio para a PIBSS.


Observações para quem deseja colaborar com o sistema: permaneça no SISS-GEO até o final antes de fechar o aplicativo e habilite o GPS do seu celular. Há possiblidade de guardar as informações ou enviar imediatamente. Muitas vezes, não dá tempo de entrar no Sistema na hora da ocorrência e os dados podem ser acrescentados depois, basta guardar as fotos na galeria.



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A pesquisadora da FIOCRUZ, Marcia Chame, ficou entusiasmada com o Centro Cultural e a sua potencialidade. Márcia visitou a nossa área de pesquisa e vai trabalhar para aumentar a nossa parceria na área agroecológica.


Reportagem: Francisco Pontes de Miranda Ferreira e fotos do professor Luis Carlos Gomes Carneiro

1 Comment


Arinda Mello
Arinda Mello
Jul 10, 2022

Parabéns!! Excelente trabalho!!👏👏👏🌹🌹🌹

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